História
O primeiro fabricante de papel no mundo foi a VESPA. Esta corta pedaços de crostas e folhas esmaga-as com suas maxilas e forma uma massa com sua saliva. Com este material constrói o seu ninho. O material obtido é como o papelão, duro e muito resistente.
O nome PAPEL deriva da palavra PAPYRUS (o papyrus) com que foi designado o primeiro material para escrever feito pelo homem. À 6000 anos no Egipto, usavam-se para escritura folhas que se obtinham esmagando os talhos de junco. Estes eram cortados longitudinalmente, em tiras, umas colocadas ao lado das outras, e sobre elas outras tiras colocadas em secção transversal. As duas capas colavam-se com a água e lama do Nilo ou então com uma massa de amido. Posteriormente fazia-se pressão sobre estas folhas com um rolo e eram secadas ao sol.
Há dois mil anos os chineses realizaram uma das maiores evoluções tecnológicas da história da humanidade. A invenção do papel foi atribuída a um oficial da Corte Imperial Chinesa, T’sai Lun, em 150 D.C. Este Chinês começou a observar como as vespas trabalhavam e pensou fazer algo
O papel era visto como um milagre, tratava-se de um material muito mais barato do que a seda e altamente valorizado por suas qualidades estéticas e espirituais, por ser depositário de informações e utilizado como meio de comunicação. Os chineses foram detentores desta inovação até o ano de 751 D.C., quando os árabes aprisionaram dois artesãos chineses que trocaram sua liberdade pela técnica de fabricação do papel. Ao assimilarem a técnica, os árabes, espalharam pela na Península Ibérica, quando a conquistaram (isto se iniciou lá por 1300) e também pelo mundo fora. A fabricação mecânica começou por volta do séc. XVII e até meados do séc. XIX a matéria prima fundamental eram os panos. Quando estes começaram a escassear pelo uso de procedimentos mais rápidos, apareceu a utilização da polpa de madeira. Graças ao trabalho de copiar manuscritos, na Idade Média, em formas artesanais de papel, foi possível conservar os mais importantes registros da história da humanidade até então. Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos em papel, a disseminação da informação passou a ser muito mais veloz e acessível a todos, e a Revolução Industrial impulsionou ainda mais essas mudanças; hoje o papel talvez seja o produto mais utilizado e corriqueiro.
Reciclagem do papel
O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes impactos negativos sobretudo ao nível da produção. De fato, embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira, proveniente das árvores - a sua produção conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies exóticas - como o eucalipto em Portugal, e diversas resinosas na maior parte da Europa - que têm como consequência o desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito está relacionado não apenas com as espácies utilizadas mas também com o regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos de montanha débeis. As plantações de árvores para pasta de papel são, no Distrito de Aveiro, um pouco por todo o Litoral Norte e Centro de Portugal e mais recentemente, e com consequências mais graves, também no interior, a principal causa de desaparecimento do coberto vegetal natural, e com ele, de animais de todas as espécies. Igualmente significativa é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda do seu carácter e da sua especificidade (biodiversidade). É um drama em larga escala, que os interesses económicos encobrem, e que a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a ignorar. A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel velho. É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso distinto, e um pouco menos nobre, do que o original. Se se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão resistência.
Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente. Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca também alcança maior valor no mercado.
E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência. Um outro problema são os pigmentos presentes no papel.
Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um papel branco.
Na realidade o ideal seria que mudássemos alguns dos nossos hábitos.
Por que necessitamos de um papel tão branco, muitas vezes para uso tão simples (rascunho, caderno de anotações, etc).
E ainda, por que precisamos de produtos e embalagens de papel tão coloridos e cheios de pigmentos muitas vezes tóxicos, que de uma forma ou de outra vão acabar no ambiente, caso sejam sendo reciclados ou não?
Economia feita com reciclagem: |
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas |
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com pouca humidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca. Existem porém alguns tipos de materiais que contaminam o papel, tornando-o difícil de reciclar, como a tabela a seguir:
PODE RECICLAR | NÃO PODE RECICLAR |
Caixas de papelão | Papéis sanitários |
O Que Podemos Fazer pela Reciclagem do Papel?
Para a reciclagem ser possível cabe ao utilizador - a todos nós - fazer uma selecção correcta dos papeis recicláveis e uma selecção correcta significa essencialmente separar os papeis de outros materiais com os quais possam estar associados - como plásticos por exemplo - e que perturbam o processo de reciclagem. Pelo mesmo motivo, papéis indissociavelmente ligados a outros materiais como as e as embalagens aluminizadas devem ser excluídos. Caso se justifique, isto é, em locais onde se produz muito papel usado, pode ter interesse uma separação de diferentes tipos de papeis: papeis quase brancos e impressões de computador para um grupo, papeis de jornais e revistas para outro, e cartões para outro.Esta separação valoriza o papel-resíduo e permite obter pastas recicladas de melhor qualidade
Reciclagem de papel, como fazer em casa?
Materiais:
- Papéis diversos
- Crivo
- Duas placas de feltro
- Liquidificador
- Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta
- Prensa ou pesos (por ex. livros)
- Duas placas de madeira
- Tecidos de 50/60 cm
Procedimento:
1– Rasgar as folhas de papel em pequenos pedaços e coloca-los juntamente com água no Liquidificador. Bater até obter uma mistura grossa. De seguida despejar essa mistura para a tina e adicionar-lhe água até cerca de 2/3água da sua capacidade (a quantidade de água vai definir a espessura do papel).
2- Mergulhar o crivo na pasta contida na tina, inclinado lentamente até ficar na horizontal.
3- Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água.
4- Coloque sobre a placa de madeira o feltro e sobre ele o tecido, de seguida vire o crivo sobre o tecido.
5- Pressione o crivo até a pasta “saltar”.
6- Retire o crivo com cuidado, o papel fica depositado sobre o tecido.
7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.
8- De seguida coloque uma placa de feltro e outra placa de madeira.
9- Colocar tudo numa prensa, ou sobre uma pilha de livros até escorrer toda a água.
7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.
10- Colocar as folhas a secar, durante 24h.
11- Após a secagem, solte as folhas de papel reciclado puxando o tecido para os lados.
Obtido em: http://www.rudzerhost.com/papel/histo.htm
Olá turma,o blog está bacana,muitas informações sobre a problemátiica da fome,mas precisa ser interativo para que os usuários participem de enquetes e fóruns.Parabéns a todos pelo empenho e dedicação nos trabalhos e ...o grande dia se aproxima(20/11)
ResponderExcluirBjos,Profª Karlane.