outubro 30, 2008

Reciclagem e Reutilização de alimentos.

O que é reciclagem?

A reciclagem é um conjunto de técnicas para aproveitar e reutilizar os detritos, principalmente vidros, papéis, plásticos e metais. Consiste em pegar os materiais e desviá-los para coleta, separando e processando para virarem matéria-prima de novos produtos. Esse retorno da matéria-prima ao ciclo de produção é denominado reciclagem, embora o termo já seja utilizado popularmente para designar todo o conjunto de operações envolvidas.

Origem da palavra.

A palavra surgiu na década de 70, quando as preocupações ambientais passaram a ser tratadas com maior rigor, especialmente após o primeiro choque do petróleo. As indústrias recicladoras, também chamadas secundárias, processam matéria-prima de recuperação. Na maior parte dos processos, o produto reciclado é completamente diferente do produto inicial.

Conheça um pouco mais.

Entender a importância é o primeiro passo, mas saber praticar é um desafio maior. Ao contrário do que muitos imaginam, a relação custo/benefício de um projeto de reciclagem bem gerenciado pode apresentar resultados positivos
No caso de supermercados, a parceria com as comunidades tem apresentado resultados surpreendentes. Uma cadeia de supermercados, ao implantar máquinas para recebimento (coleta seletiva) e prensagem de embalagens pet e latinhas de alumínio, motiva os consumidores dando descontos em compras e estes se sentem cumprindo suas obrigações individuais com o desenvolvimento sustentável e promovendo sua responsabilidade social.
Também existem restaurantes que se organizam para separar os materiais recicláveis e destiná-los para a coleta seletiva. Além disso, aplicam maior rigor na fiscalização do desperdício de alimentos, seja na fase de preparo ou seja no consumo por seus clientes.
Outro aspecto importante da reciclagem, além da consciência ecológica, é o fator social. A coleta de material reciclável é, muitas vezes, a única fonte de renda dos catadores. De acordo com estudo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), dos 8.000 moradores de rua do centro de São Paulo, mais de 3.000 vivem de recolher lixo reciclável.
O que é coleta seletiva?
É um sistema de recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros, metais e orgânicos, previamente separados na fonte geradora. Estes materiais são vendidos às indústrias recicladoras ou aos sucateiros.
As quatro principais modalidades de coleta seletiva são: domiciliar, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e por catadores.
A coleta seletiva domiciliar é parecida com o procedimento clássico de coleta de lixo. Porém, os veículos coletores percorrem as residências em dias e horários específicos, que não coincidam com a coleta normal.
A coleta em PEV (postos de entrega voluntária) ou em LEV (locais de entrega voluntária) utiliza normalmente pequenos depósitos colocados em pontos fixos, onde o cidadão deposita os recicláveis espontaneamente.
A coleta seletiva em postos de troca se baseia na troca do material entregue por algum bem ou benefício.
O sucesso da coleta seletiva está diretamente associado aos investimentos feitos para sensibilização e conscientização da população. Normalmente, quanto maior a participação voluntária em programas de coleta seletiva, menor é seu custo de administração.
Não se pode esquecer também a existência do mercado para os recicláveis. Nos últimos doze anos, o número de cidades brasileiras com coleta seletiva de lixo passou de 81 para 327. Este aumento pode ser explicado pela queda de 37% do custo dos programas de reciclagem de dejetos. Ainda assim, a proporção de municípios brasileiros com coleta seletiva é muito pequena, não ultrapassando 6% do total.
Em 1994, o custo da coleta (por toneladas) era de 240 dólares e, em 2006, o custo é de 151 dólares. Os números de 2006 mostram que, hoje, 327 prefeituras operam programas de coleta seletiva. Vale destacar que o Brasil possui 5.563 municípios (IBGE/2003) – ou seja, a coleta seletiva ocorre em menos de 6% das cidades do país. Como ela abrange muitos dos municípios mais populosos, cerca de 25 milhões de brasileiros têm acesso a esses programas e 43,5% deles mantém relação direta com cooperativas de catadores.
As regiões Sul e Sudeste continuam com melhor desempenho e juntas contabilizam 279 cidades com programas estruturados. O estado de São Paulo apresenta o maior número de iniciativas: 114 no total. Na seqüência, aparece Rio Grande do Sul (40), Paraná (39), Santa Catarina (33), Minas Gerais (28), Rio de Janeiro (17) e Espírito Santo (8). Santos (SP), Santo André (SP), Itabira (MG), Curitiba (PR) e Londrina (PR) são as localidades que têm 100% da população engajada.
Alimentos, como aproveitá-los por inteiro?
Antes, precisamos entender os dois tipos de lixo: orgânico e reciclável.
O lixo orgânico deve estar separado daquilo que é reciclável, mas podemos reaproveitá-lo.
Material orgânico: Tudo o que é resto de comida, de animais, de plantas e frutas é considerado lixo, propriamente dito. Ou seja, você deve acondicioná-los num único recipiente.
Material reciclável: É praticamente tudo o que é fabricado pelo homem: material plástico, latas de alumínio e ferro, garrafas de refrigerante de vidro e PET, caixas de papel e papelão, etc.
Brasil um país de contrastes.
É o 4º produtor mundial de alimentos, mas ocupa o 6º lugar no mundo em subnutrição perdendo para a Índia, Bangladesh, Paquistão, Filipinas e Indonésia.
A alimentação é a base da vida e dela depende o estado de saúde do ser humano. O desconhecimento dos princípios nutritivos dos alimentos, bem como o seu não aproveitamento, ocasiona o desperdício de toneladas de recursos alimentares.

- Você sabe a diferença?

Alimentos são substâncias que promovem o crescimento e a produção de energia necessária para as diversas funções
do organismo. Os nutrientes são substâncias que estão presentes nos alimentos e são utilizadas pelo
organismo.
Os nutrientes são proteínas (função plástica ou construtora), carboidratos (função energética), gorduras
(função energética), vitaminas (função reguladora) e sais minerais (função reguladora). -

Nosso país é um dos maiores produtores de frutas do mundo, mas muito se perde. As principais causas são os problemas de colheita, a falta de embalagens específicas para cada fruta, o transporte, a conservação e, principalmente, o desperdício promovido pelo intermediário e pelo consumidor final. A quantidade de frutas que é desperdiçada no Brasil é equivalente ao que produzem Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Peru.
As embalagens de alimentos não devem ser encaradas como um desperdício de materiais e recursos, mas sim como um importante instrumento de preservação de produtos. Elas conservam o alimento por mais tempo, mantendo suas propriedades físicas e nutritivas. A mudança da venda de produtos a granel para produtos embalados trouxe grande economia e segurança alimentar à população, viabilizando o transporte a regiões cada vez mais distantes.
O desperdício total de alimentos no Brasil, não contando o que é desprezado dentro das casas, é de aproximadamente 9 bilhões de toneladas por ano. Na reciclagem de alimentos e aproveitamento de restos vegetais encontra-se saúde de forma barata e econômica. É uma alternativa para uma alimentação balanceada ser desenvolvida, além de ser o caminho para o combate da fome. Atualmente, a alimentação alternativa, isto é, o aproveitamento total dos alimentos, serve para diminuir os gastos com alimentação e dar de comer a quem não tem recursos. Uma família de classe média joga fora cerca de meio quilo de alimentos no mesmo período. Em 20 anos, essa perda equivale a quase quatro toneladas. Se um milhão de famílias reduzirem pela metade a quantidade de alimentos que jogam no lixo, essa economia seria suficiente para alimentar 260 mil pessoas.
O desafio do aproveitamento total dos alimentos é promover a mudança de hábitos, o enfrentamento de tabus alimentares e mesmo o descaso. Quando adotado, logo mostra os resultados nutricionais e econômicos.
Estudos mostram que o homem necessita de uma alimentação sadia, rica em nutrientes, que pode ser alcançada com partes de alimentos que normalmente são desprezadas.
As perdas não ocorrem somente em plantações, transporte e armazenamento inadequado, mas também no preparo incorreto dos alimentos. Os principais alimentos ou produtos utilizados para complementar a dieta convencional são: pós (casca de ovo, semente de abóbora), farelos (trigo, arroz, milho), farinhas torradas, raízes e tubérculos.
Algumas atitudes praticadas pela maioria da população como, por exemplo, cozinhar os legumes sem a casca, podem retirar as barreiras naturais de proteção e causar a perda de elementos nutritivos. Excluindo a casca comestível de algumas frutas, perdemos muitas fibras importantíssimas para o bom funcionamento do intestino. Também não se deve cozinhar os legumes em água e depois jogá-la fora, já que todas as vitaminas hidrossolúveis (aquelas diluídas na água) se perdem.

- Você sabe o que é reciclar?

É pensar antes de comprar, já que 40% do que nós compramos é lixo. Pense no resíduo da sua compra. Às vezes um produto um pouco mais caro tem uma embalagem aproveitável para outros fins. Estes são os 3 R's: Reduzir, Reutilizar e Reciclar:Reduzir o desperdício, Reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e Reciclar. -

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