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novembro 19, 2008
Pirâmide Alimentar
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novembro 06, 2008
Fome no mundo um problema sem solução?
"Resolver o problema da fome
não depende só dos países em desenvolvimento"
Em 1974, durante a Conferência Mundial sobre Alimentação, as Nações Unidas estabeleceram que “todo homem, mulher, criança, tem o direito inalienável de ser livre da fome e da desnutrição...”. Portanto, a comunidade internacional deveria ter como maior objetivo a segurança alimentar, isto é, “o acesso, sempre, por parte de todos, a alimento suficiente para uma vida sadia e ativa”.
E isso quer dizer:
- acesso ao alimento: é condição necessária, mas ainda não suficiente;
- sempre: e não só em certos momentos;
- por parte de todos: não bastam que os dados estatísticos sejam satisfatórios. É necessário que todos possam ter essa segurança de acesso aos alimentos;
- alimento para uma vida sadia e ativa: é importante que o alimento seja suficiente tanto do ponto de vista qualitativo como quantitativo.
Os dados que possuímos dizem que estamos ainda muito longe dessa situação de segurança alimentar para todos os habitantes do planeta.
Quais são as causas?
A situação precisa ser enfrentada, pois uma pessoa faminta não é uma pessoa livre. Mas é preciso, em primeiro lugar, conhecer as causas que levam à fome. Muitos acham que as conhecem, mas não percebem que, quando falam delas, se limitam, muitas vezes, a repetir o que tantos já disseram e a apontar causas que não têm nada a ver com o verdadeiro problema. Por exemplo:
A fome é causada porque o mundo não pode produzir alimentos suficientes. Não é verdade! A terra tem recursos suficientes para alimentar a humanidade inteira.
A fome é devida ao fato de que somos “demais”. Também não é verdade! Há países muito populosos, como a China, onde todos os habitantes têm, todo dia, pelo menos uma quantidade mínima de alimentos e países muito pouco habitados, como a Bolívia, onde os pobres de verdade padecem fome!
No mundo há poucas terras cultiváveis! Também não é verdade. Por enquanto, há terras suficientes que, infelizmente, são cultivadas, muitas vezes, para fornecer alimentos aos países ricos!
As verdadeiras causas
As causas da fome no mundo são várias, não podem ser reduzidas a uma só. Entre elas indicamos:
As monoculturas: o produto nacional bruto (pib) de vários países depende, em muitos casos, de uma cultura só, como acontecia, alguns anos atrás, com o Brasil, cujo único produto de exportação era o café. Sem produções alternativas, a economia desses países depende muito do preço do produto, que é fixado em outros lugares, e das condições climáticas para garantir uma boa colheita.
Diferentes condições de troca entre os vários países: alguns países, ex-colônias, estão precisando cada vez mais de produtos manufaturados e de alta tecnologia, que eles não produzem e cujo preço é fixado pelos países que exportam. Os preços das matérias-primas, quase sempre o único produto de exportação dos países pobres, são fixados, de novo, pelos países que importam.
Multinacionais: são organizações em condições de realizar operações de caráter global, fugindo assim ao controle dos Estados nacionais ou de organizações internacionais. Elas constituem uma rede de poder supranacional. Querem conquistar mercados, investindo capitais privados e deslocando a produção onde os custos de trabalho, energia e matéria-prima são mais baixos e os direitos dos trabalhadores, limitados. Controlam 40% do comércio mundial e até 90% do comércio mundial dos bens de primeira necessidade.
Dívida externa: conforme a Organização para a Alimentação e a Agricultura (FAO), a dívida está paralisando a possibilidade de países menos avançados de importar os alimentos dos quais precisam ou de dar à própria produção agrícola o necessário desenvolvimento. A dívida é contraída com os bancos particulares e com Institutos internacionais como o Fundo Monetário e o Banco Mundial. Para poder pagar os juros, tenta-se incrementar as exportações. Em certos países, 40% do que se arrecada com as exportações são gastos somente para pagar os juros da dívida externa. A dívida, infelizmente, continua inalterada ou aumenta.
Conflitos armados: o dinheiro necessário para providenciar alimento, água, educação, saúde e habitação de maneira suficiente para todos, durante um ano, corresponde a quanto o mundo inteiro gasta em menos de um mês na compra de armas. Além disso, os conflitos armados presentes em muitos países em desenvolvimento causam graves perdas e destruições em seu sistema produtivo primário.
Eis o que nos dizem as estatísticas: - Há 800 milhões de pessoas desnutridas no mundo. - 11 mil crianças morrem de fome a cada dia. - Um terço das crianças dos países em desenvolvimento - 1,3 bilhão de pessoas no mundo não dispõe de água - 40% das mulheres dos países em desenvolvimento são - Uma pessoa a cada sete padece fome no mundo. |
Desigualdades sociais: a luta contra a fome é, em primeiro lugar, luta contra a fome pela justiça social. As elites que estão no governo, controlando o acesso aos alimentos, mantêm e consolidam o próprio poder. Paradoxalmente, os que produzem alimento são os primeiros a sofrer por sua falta. Na maioria dos países, é muito mais fácil encontrar pessoas que passam fome em contextos rurais do que em contextos urbanos.
Neo-colonialismo: em 1945, através do reconhecimento do direito à autodeterminação dos povos, iniciou o processo de libertação dos países que até então eram colônias de outras nações. Mas, uma vez adquirida a independência, em muitos continuaram os conflitos internos que têm sua origem nos profundos desequilíbrios sociais herdados do colonialismo. Em muitos países, ao domínio colonial sucederam as ditaduras, apoiadas pela cumplicidade das superpotências e por acordos de cooperação com a antiga potência colonial. Isso deu origem ao neocolonialismo e as trocas comerciais continuaram a favorecer as mesmas potências.
Quando um país vive numa situação de miséria, podemos dizer que, praticamente, todas essas causas estão agindo ao mesmo tempo e estão na origem da fome de seus habitantes. Algumas delas dependem da situação do país, como o regime de monocultura, os conflitos armados e as desigualdades sociais. Elas serão eliminadas, quando e se o mesmo país conseguir um verda-deiro desenvolvimento. Mas outras causas já não dependem do próprio país em desenvolvimento, e sim da situação em nível internacional. Refiro-me às condições desiguais de troca entre as várias nações, à presença das multinacionais, ao peso da dívida externa e ao neocolonialismo. Isso quer dizer que os países em desenvolvimento, não conseguirão sozinhos vencer a miséria e a fome, a não ser que mudanças verdadeira-mente importantes aconteçam no relacionamento entre essas nações e as mais industrializadas.
Reciclagem, papel.
História
O primeiro fabricante de papel no mundo foi a VESPA. Esta corta pedaços de crostas e folhas esmaga-as com suas maxilas e forma uma massa com sua saliva. Com este material constrói o seu ninho. O material obtido é como o papelão, duro e muito resistente.
O nome PAPEL deriva da palavra PAPYRUS (o papyrus) com que foi designado o primeiro material para escrever feito pelo homem. À 6000 anos no Egipto, usavam-se para escritura folhas que se obtinham esmagando os talhos de junco. Estes eram cortados longitudinalmente, em tiras, umas colocadas ao lado das outras, e sobre elas outras tiras colocadas em secção transversal. As duas capas colavam-se com a água e lama do Nilo ou então com uma massa de amido. Posteriormente fazia-se pressão sobre estas folhas com um rolo e eram secadas ao sol.
Há dois mil anos os chineses realizaram uma das maiores evoluções tecnológicas da história da humanidade. A invenção do papel foi atribuída a um oficial da Corte Imperial Chinesa, T’sai Lun, em 150 D.C. Este Chinês começou a observar como as vespas trabalhavam e pensou fazer algo
O papel era visto como um milagre, tratava-se de um material muito mais barato do que a seda e altamente valorizado por suas qualidades estéticas e espirituais, por ser depositário de informações e utilizado como meio de comunicação. Os chineses foram detentores desta inovação até o ano de 751 D.C., quando os árabes aprisionaram dois artesãos chineses que trocaram sua liberdade pela técnica de fabricação do papel. Ao assimilarem a técnica, os árabes, espalharam pela na Península Ibérica, quando a conquistaram (isto se iniciou lá por 1300) e também pelo mundo fora. A fabricação mecânica começou por volta do séc. XVII e até meados do séc. XIX a matéria prima fundamental eram os panos. Quando estes começaram a escassear pelo uso de procedimentos mais rápidos, apareceu a utilização da polpa de madeira. Graças ao trabalho de copiar manuscritos, na Idade Média, em formas artesanais de papel, foi possível conservar os mais importantes registros da história da humanidade até então. Com a invenção da "imprensa", permitindo a impressão por linotipos em papel, a disseminação da informação passou a ser muito mais veloz e acessível a todos, e a Revolução Industrial impulsionou ainda mais essas mudanças; hoje o papel talvez seja o produto mais utilizado e corriqueiro.
Reciclagem do papel
O papel é um material de suporte da informação escrita que produz fortes impactos negativos sobretudo ao nível da produção. De fato, embora a matéria prima se possa considerar renovável - a madeira, proveniente das árvores - a sua produção conduz normalmente a extensas monoculturas de espécies exóticas - como o eucalipto em Portugal, e diversas resinosas na maior parte da Europa - que têm como consequência o desaparecimento da quase totalidade da fauna e da flora nativas. Este efeito está relacionado não apenas com as espácies utilizadas mas também com o regime de cultivo: plantações densas, revolução de curtas e lavagem de solos de montanha débeis. As plantações de árvores para pasta de papel são, no Distrito de Aveiro, um pouco por todo o Litoral Norte e Centro de Portugal e mais recentemente, e com consequências mais graves, também no interior, a principal causa de desaparecimento do coberto vegetal natural, e com ele, de animais de todas as espécies. Igualmente significativa é a degradação da paisagem, pela via da uniformização, e a perda do seu carácter e da sua especificidade (biodiversidade). É um drama em larga escala, que os interesses económicos encobrem, e que a falta de sensibilidade e de atenção da generalidade dos cidadãos tende a ignorar. A reciclagem do papel é um procedimento que permite recuperar as fibras celulósicas do papel velho e incorporá-las na fabricação de novo papel. Não é um processo isento da produção de resíduos, mas a produção de pastas virgens também não o é, e assim sempre se minimizam os problemas relacionados com a produção de matéria prima e com a deposição do papel velho. É importante realçar que os papéis não podem ser reciclados indefinidamente sem que haja perde de qualidade. Após cada utilização, eles perdem parte das suas propriedades e só podem ser reciclados para uso distinto, e um pouco menos nobre, do que o original. Se se olhar com cuidado e bem de perto para uma folha de papel vai-se perceber que o papel é feito de inúmeras fibras que se cruzam. São elas que lhe dão resistência.
Dependendo do tipo de polpa que é usada para fazer o papel (pode ser pinho, eucalipto ou até outras fibras vegetais como algodão, linho, etc.) ele vai ter fibras mais longas ou curtas e vai ser mais ou menos resistente. Por isso papel branco é mais caro e inclusive a apara (resto de papel) branca também alcança maior valor no mercado.
E cada vez que se recicla diminui o tamanho das fibras e ele fica um pouco mais fraco. Por isso que para reciclar muitas vezes o mesmo papel, deve-se colocar um pouco de fibra virgem para aumentar a sua resistência. Um outro problema são os pigmentos presentes no papel.
Para fazer papel branco a polpa (de fibra virgem ou papel já usado) deve passar por um processo químico de branqueamento. Por isso quanto mais pigmento um papel tem, mais difícil fica reciclá-lo e conseguir a partir dele um papel branco.
Na realidade o ideal seria que mudássemos alguns dos nossos hábitos.
Por que necessitamos de um papel tão branco, muitas vezes para uso tão simples (rascunho, caderno de anotações, etc).
E ainda, por que precisamos de produtos e embalagens de papel tão coloridos e cheios de pigmentos muitas vezes tóxicos, que de uma forma ou de outra vão acabar no ambiente, caso sejam sendo reciclados ou não?
Economia feita com reciclagem: |
1000kg de papel reciclado = 20 árvores poupadas |
O papel é um material biodegradável e orgânico, mas em caso de aterros com pouca humidade o processo de degradação se torna lento, chegando a demorar de 3 meses a 100 anos para se decompor O processo inicial da reciclagem dá-se na separação do lixo do papel, de seguida existe um banho de detergentes e solventes para retirar a tinta. O papel é transformado numa pasta. As impurezas são removidas com uma série de lavagens. Depois a pasta é misturada com cloro, que a torna branca. Existem porém alguns tipos de materiais que contaminam o papel, tornando-o difícil de reciclar, como a tabela a seguir:
PODE RECICLAR | NÃO PODE RECICLAR |
Caixas de papelão | Papéis sanitários |
O Que Podemos Fazer pela Reciclagem do Papel?
Para a reciclagem ser possível cabe ao utilizador - a todos nós - fazer uma selecção correcta dos papeis recicláveis e uma selecção correcta significa essencialmente separar os papeis de outros materiais com os quais possam estar associados - como plásticos por exemplo - e que perturbam o processo de reciclagem. Pelo mesmo motivo, papéis indissociavelmente ligados a outros materiais como as e as embalagens aluminizadas devem ser excluídos. Caso se justifique, isto é, em locais onde se produz muito papel usado, pode ter interesse uma separação de diferentes tipos de papeis: papeis quase brancos e impressões de computador para um grupo, papeis de jornais e revistas para outro, e cartões para outro.Esta separação valoriza o papel-resíduo e permite obter pastas recicladas de melhor qualidade
Reciclagem de papel, como fazer em casa?
Materiais:
- Papéis diversos
- Crivo
- Duas placas de feltro
- Liquidificador
- Tina de dimensões razoáveis para conter a pasta
- Prensa ou pesos (por ex. livros)
- Duas placas de madeira
- Tecidos de 50/60 cm
Procedimento:
1– Rasgar as folhas de papel em pequenos pedaços e coloca-los juntamente com água no Liquidificador. Bater até obter uma mistura grossa. De seguida despejar essa mistura para a tina e adicionar-lhe água até cerca de 2/3água da sua capacidade (a quantidade de água vai definir a espessura do papel).
2- Mergulhar o crivo na pasta contida na tina, inclinado lentamente até ficar na horizontal.
3- Retirar lentamente o crivo e deixar escorrer a água.
4- Coloque sobre a placa de madeira o feltro e sobre ele o tecido, de seguida vire o crivo sobre o tecido.
5- Pressione o crivo até a pasta “saltar”.
6- Retire o crivo com cuidado, o papel fica depositado sobre o tecido.
7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.
8- De seguida coloque uma placa de feltro e outra placa de madeira.
9- Colocar tudo numa prensa, ou sobre uma pilha de livros até escorrer toda a água.
7- Colocar um pedaço de tecido sobre o papel reciclado. De modo a poupar tempo pode-se fazer várias camada intercaladas com tecido.
10- Colocar as folhas a secar, durante 24h.
11- Após a secagem, solte as folhas de papel reciclado puxando o tecido para os lados.
Obtido em: http://www.rudzerhost.com/papel/histo.htm
novembro 04, 2008
Simplismente fome.
-Cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto;
O Brasil E A Fome
O Brasil é o quinto país do mundo em extensão territorial, ocupando metade da área do continente sul-americano. Há cerca de 20 anos, aumentaram o fornecimento de energia elétrica e o número de estradas pavimentadas, além de um enorme crescimento industrial.
Há ainda o problema crescente da concentração da produção agrícola, onde grande parte fica nas mãos de poucas pessoas, vendo seu patrimônio aumentar sensivelmente e ganhando grande poder político. A produção para o mercado externo, visando à entrada de divisas e ao pagamento da divida externa, vem crescendo, enquanto a diversidade da produção de alimentos dirigida ao mercado interno tem diminuído, ficando numa posição secundária. Ao lado disso, milhões de pessoas vivem em favelas, na periferias das grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, entre outras.
Causas Da Fome
É comum dizer que o crescimento populacional é responsável pela existência da fome, assim como as adversidades do clima e do solo. Claro que para muitas pessoas que têm maior responsabilidade no problema – apesar de todos nós termos – é uma posição bastante cômoda, a qual serve para ocultar as verdadeiras causas.Uma análise detalhada constata que a fome é uma criação humana. Ela existe e maltrata bilhões de pessoas, sendo as principais, crianças. Ao se organizar em sociedade o homem criou uma desigualdade. De um lado, uma minoria rica e de outro, a grande maioria despojada de riqueza. Entre as causas da fome o processo de colonização pelos europeus, na América, Ásia e África é genitor para os demais. Ao chegarem nesses continentes introduziram seus costumes e alteraram profundamente, a organização social dos nativos. Exploraram suas terras ao máximo. Implantaram propriedades agrícolas destinadas à exportação. Tudo isso com ajuda do trabalho escravo dos nativos.Com o desequilíbrio gerado pelos colonizadores, a produção de subsistência caiu e os problemas de subnutrição e fome surgiram.Os problemas decorrentes da inadequada utilização da terra também pesam na explicação da fome. Os países subdesenvolvidos têm, geralmente, um passado colonial. Dentro da atual ordem econômica mundial, a maioria desses países não conseguiu livrar-se do colonialismo econômico que ainda predomina nas relações internacionais. As suas economias estão estruturadas de forma a atender as necessidades do mercado externo em prejuízo do mercado interno. Dá-se maior atenção a uma agricultura para servir de exportação do que para atender o mercado interno. Em vista disso, ocorre escassez de alimentos básicos para o mercado interno ou o seu preço é tão elevado que dificulta a sua aquisição por grande parte da população de baixa renda.
Consequencias Da Fome
Os efeitos mais comuns causados pela fome, principalmente nos países do Terceiro Mundo, são a desnutrição calórica-protéica (provocada pela falta de calorias e proteínas), as doenças causadas pela deficiência de vitamina A, a anemia (provocada pela deficiência de ferro), o raquitismo (gerado pela deficiência de vitamina D), o bócio e os distúrbios causados pela carência de vitaminas do grupo B.Todas essas formas de desnutrição, quando não fazem suas vítimas diretamente, facilitam o aparecimento de outras doenças, que acabam levando o desnutrido à morte.Por exemplo, os óbitos de crianças pobres nos países do Terceiro Mundo não apontam a fome ou a subnutrição como causa dessas mortes. Figuram como causas a pneumonia, a desidratação, a tuberculose, o sarampo etc. No entanto, essas e outras são conseqüência de um organismo debilitado ou sem resistência, em decorrência da desnutrição ou fome.A desnutrição calórica-protéica, também chamada desnutrição energética-proteíca (DEP), atinge grande número de crianças em idade pré-escolar nos países do Terceiro Mundo. Apresenta-se em diversos graus, sendo que os extremos ou mais graves (3.º grau) exigem hospitalização para o seu tratamento. Segundo especialistas, o Kwashiorkor e o marasmo são exemplos de desnutrição de 3.º grau.A palavra Kwashiorkor é originada de um dialeto africano da Costa do Ouro (atual Gana) e possui vários significados, sendo o mais utilizado o de “ criança desmamada”. O Kwashiorkor ocorre numa criança após seu desmame precoce, ou seja, quando nasce uma nova criança, num período em que há uma outra ainda sendo amamentada no seio materno, esta cede o lugar para a recém-nascida. Deixando de alimentar-se do leite materno e em razão da pouca disponibilidade de alimentos que a família tem em decorrência de sua pobreza, a criança passa a ter uma alimentação pobre em proteínas.Assim, o Kwashiorkor é uma doença causada pela falta de proteínas e ocorre geralmente em crianças acima de seis meses de idade. Caracteriza-se por apresentar: inchaço do ventre, dando aspecto balofo; lesões na pele; parada do crescimento; retardamento mental, às vezes irreversível; lesões no fígado, com degeneração gordurosa; descoramento dos cabelos; comportamento apático, triste, retraído. As crianças com Kwashiorkor chegam a atingir dois ou três anos de idade indiferentes ao mundo que rodeia. Não engatinham nem andam, e geralmente morrem de doenças como coqueluche, rubéola, sarampo e outras mais, que numa criança bem alimentada raramente causam a morte. O marasmo, outra forma de extrema desnutrição, causada pela deficiência de calorias na dieta alimentar da criança, ocorre geralmente nas primeiras semanas de vida. Caracteriza-se por emagrecimento, parada do crescimento longitudinal e extrema debilidade. A criança chega a ter o seu peso 60 % inferior ao normal.Existem ainda os casos de desnutrição leve e moderada, chamados respectivamente de primeiro e segundo grau. Trazem, também, graves conseqüências à saúde e ao desenvolvimento do ser humano e minam a resistência orgânica, abrindo brechas para o estabelecimento de várias doenças.
A Revolução Verde
Foi um empreendimento para expandir a produção de alimentos que consistia no desenvolvimento de novas linhagens de plantas de cereais. No México, foram introduzidos várias linhagens novas de trigo, o que aumentou sua produção seis vezes nos últimos 20 anos. Essa novas linhagens foram introduzidas também na Índia e houve um aumento considerável na sua produção de cereais. Isso porém não amenizou o problema da fome, pois nessa mesma época a população hindu crescia no mesmo ritmo que a produção de cereais.Essa revolução verde é considerada insegura por alguns peritos. Um dos problemas considerados por eles é que essas cepas devem ser cultivadas em conjuntos grandes, para impedir o cruzamento com as variedades velhas. Outro problema é que essas novas cepas devem ser cultivadas em níveis ótimos de irrigação, adubação e pesticidas.
Novas Fontes De Alimentos
Novos métodos de aumento da produção de alimentos estão em estudo. Um é o cultivo de algas em grandes quantidades, como fonte de ração para animais. Outra é cultivar microorganismos (bactérias e leveduras) em hidrocarboneto e nutrientes inorgânicos, como fonte de alimento para animais e pessoas.Uma outra possibilidade seria a dessalinação da água do mar para fins de irrigação do deserto. Experimentos comprovaram que o deserto com sua alta temperatura e abundante luz solar, pode se tornar bastante produtivo para a agricultura.Porém, a introdução dessas novas fontes de alimentos requer uma alta tecnologia e conseqüentemente um custo bem elevado para a maioria dos países.
Obtido em: http://www.coladaweb.com/sociologia/fom.htm
novembro 03, 2008
Desperdicio no Brasil.
Onde as Perdas Acontecem?
- No campo
- Durante o transporte
- Nas Centrais de Abastecimento
- Nos Supermercados
Do total de desperdício no Brasil
- 10% ocorrem durante a colheita
- 50% no manuseio e transporte dos alimentos
- 30% nas centrais de abastecimento; e os últimos
- 10% ficam diluídos entre supermercados e consumidores
Principais Causas de Perdas em Produtos Hortifrutícolas
- Manuseio inadequado no campo
- Embalagens impróprias
- Transporte ineficiente
- Comercialização de produtos a granel
- Não utilização da cadeia de frio
- Classificação não padronizada
- Condições das estradas
- Comércio no atacado ineficaz
- Excesso de “toque” nos produtos por parte dos consumidores
- Acúmulo de produtos nas gôndolas de exposição de varejo
- Deficiência Gerencial e Administrativa nos Centros Atacadistas e Varejistas
Índices de Perdas dos Principais Frutos no Brasil
- Abacate - 31%
- Abacaxi - 24%
- Banana - 40%
- Laranja - 22%
- Mamão - 30%
- Manga - 27%
- Morango - 39%
- Média - 30%
• 5,0 milhões de ton./ano não consumidos
Índices de Perdas das Principais Hortaliças no Brasil
- Alface - 43%
- Alho - 36%
- Batata - 24%
- Cebola - 29%
- Cenoura - 27%
- Chuchu - 16%
- Couve-flor - 48%
- Pimentão - 42%
- Tomate - 41%
- Repolho - 31%
- Média - 35
• 5,6 milhões de ton./ano não consumidos
Obs.: O país perde cerca de 35% de todas as frutas e verduras que produz.
De cada 100 caixas que saem do campo 39 delas não chegam ao consumidor.
Dados obtido em: http://www.ctaa.embrapa.br
Desnutrição.
A desnutrição pode ser o resultado de pouca alimentação ou alimentação excessiva.
Ambas as condições são causadas por um desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de nutrientes essenciais.
Subnutrição
É uma deficiência de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de uma ingestão insuficiente devido a uma dieta pobre; de uma absorção deficiente do intestino dos alimentos ingeridos (má absorção); do consumo anormalmente alto de nutrientes pelo corpo; ou da perda excessiva de nutrientes por processos como a diarréia, sangramento (hemorragia), insuficiência renal.
Hipernutrição
É um excesso de nutrientes essenciais e pode ser o resultado de comer demais (ingestão excessiva); ou do uso excessivo de vitaminas ou outros suplementos.
A desnutrição se desenvolve em fases: primeiro ocorrem alterações na concentração de nutrientes no sangue e nos tecidos, a seguir acontecem alterações nos níveis de enzimas, depois passa a ocorrer mal funcionamento de órgãos e tecidos do corpo e então surgem sintomas de doença e pode ocorrer a morte.
O corpo necessita de mais nutrientes durante certas fases da vida, especialmente na infância e adolescência; durante a gravidez; e enquanto a mãe está amamentando. Na velhice as necessidades alimentares são menores, mas a capacidade de absorver os nutrientes também está freqüentemente reduzida. Assim, o risco de subnutrição é maior nestas etapas da vida, e ainda mais entre pessoas economicamente desprovidas.
Avaliação nutricional
Para avaliar o estado nutricional de uma pessoa, o médico precisa conhecer a dieta e problemas médicos que possam existir, realizar um exame físico, e algumas vezes solicitar exames de laboratório - os níveis sangüíneos de nutrientes e substâncias que dependem dos níveis destes nutrientes (como hemoglobina, hormônios da tiróide e a transferrina) podem ser medidos.
Para determinar a história dietética de uma pessoa, o médico pergunta que alimentos foram comidos nas 24 horas prévias e que tipos de alimentos normalmente são consumidos. É muito comum pedir à pessoa que mantenha um diário de comida no qual ele anote tudo o que comer durante alguns dias. Durante o exame físico, o médico observa o aspecto geral e o comportamento da pessoa bem como a distribuição da gordura do corpo e avalia o funcionamento dos órgãos e sistemas.
Deficiências nutricionais podem causar várias doenças. Por exemplo:
Hemorragia gastro-intestinal pode causar anemia por deficiência de ferro. | |
Uma pessoa sendo tratada com altas doses de vitamina A para acne pode desenvolver dores de cabeça e visão dupla como resultado da concentração da vitamina A. |
Qualquer sistema do corpo pode ser afetado por uma desordem nutricional. Por exemplo:
O sistema nervoso é afetado pela deficiência de niacina (pelagra), deficiência de tiamina - vitamina B1 (beribéri), deficiência ou excesso de vitamina B6 (piridoxina), e deficiência de vitamina B12. | |
O paladar e o olfato são afetados pela deficiência de zinco. | |
O sistema cardiovascular é afetado pelo beribéri, pela obesidade, por uma dieta com muita gordura que leva à hipercolesterolemia e à doença coronariana, ou por uma dieta com excesso de sal que conduz à hipertensão. | |
O trato gastro-intestinal é afetado pela pelagra, deficiência de ácido fólico e alcoolismo. | |
A boca (lábios, língua, gengivas e membranas mucosas) é afetada pela deficiência de vitaminas do complexo B e pelo escorbuto (deficiência de vitamina C). | |
A deficiência de iodo pode resultar no aumento da glândula tireóide. | |
Uma tendência aumentada para sangramentos e sintomas cutâneos como erupções, secura e inchação por retenção de líquidos (edema) podem acontecer no escorbuto, deficiência de vitamina K, deficiência de vitamina A e no beribéri. | |
Os ossos e articulações são afetados pelo raquitismo (deficiência de vitamina D), osteoporose e escorbuto. |
Fatores de risco
As crianças formam uma faixa da população particularmente susceptível à subnutrição, pois elas precisam de uma maior quantidade de calorias e nutrientes para o seu crescimento e desenvolvimento.
Elas também podem desenvolver deficiências de ferro, ácido fólico, vitamina C e cobre se receberem dietas inadequadas.
A ingestão insuficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes pode conduzir à desnutrição protéico-calórica, uma forma particularmente severa de subnutrição, que retarda o crescimento e o desenvolvimento.
Na medida em que as crianças chegam à adolescência, suas exigências nutricionais crescem devido ao aumento das suas taxas de crescimento.
As gestantes ou mães que amamentam têm uma necessidade aumentada de todos os nutrientes para prevenir a subnutrição nelas e no seu bebê.
O bebê de uma mãe alcoolista pode ser física e mentalmente prejudicado pela síndrome alcoólica fetal, pois o abuso de álcool e a subnutrição resultante afetam o desenvolvimento fetal.
Uma criança que é amamentada exclusivamente ao seio pode desenvolver deficiência de vitamina B12 se a mãe for uma vegetariana que não come nenhum produto de origem animal.
Quem tem risco de subnutrição?
As crianças com pouco apetite. | |
Adolescentes que passam por surtos de crescimento rápido. | |
Velhos. | |
Pessoas que têm doença crônica do trato gastrointestinal, fígado, ou rins. | |
Pessoas em dietas rigorosas por muito tempo. | |
Vegetarianos. | |
Pessoas com dependência de álcool ou outra droga que não se alimentam adequadamente. | |
As pessoas que tomam remédios que interferem com o apetite ou com a absorção ou exceção de nutrientes. | |
Pessoas com anorexia nervosa. | |
Pessoas que têm febre prolongada, hipertireoidismo, queimaduras, ou câncer. |
Pessoas idosas podem ficar subnutridas por causa da solidão, incapacidades físicas e mentais, imobilidade ou doença crônica. Além disso, sua capacidade de absorver os nutrientes está reduzida, contribuindo para problemas como anemia por deficiência de ferro, osteoporose e osteomalácia.
O envelhecimento é acompanhado de uma perda progressiva da massa muscular, independentemente de doenças ou deficiência dietética. Essa perda responde pela redução que acontece no metabolismo, pela diminuição do peso corporal e pelo aumento da taxa de gordura do corpo de aproximadamente 20 a 30 por cento nos homens e 27 a 40 por cento em mulheres. Por causa dessas mudanças e uma redução na atividade física, as pessoas mais velhas necessitam menos calorias e menos proteínas do que as pessoas mais jovens.
Pessoas com alguma doença crônica que cause má absorção tendem a ter dificuldade em absorver vitaminas lipossolúveis (A, D, E, e K), vitamina B12, cálcio, e ferro. As doenças do fígado prejudicam o armazenamento das vitaminas A e B12 e interferem com o metabolismo de proteínas e glicose.
Pessoas que têm doença renal, incluindo aquelas em diálise, são propensas a deficiência de proteínas, ferro, e vitamina D.
A maioria dos vegetarianos não come carne, mas come ovos e laticínios. A deficiência de ferro é o único risco desse tipo de dieta.
Vegetarianos tendem a viver mais e a desenvolver menos condições incapacitantes crônicas do que as pessoas que comem carne. Porém, a saúde melhor dessas pessoas também pode ser resultado da abstenção de álcool e tabaco e da tendência delas se exercitarem regularmente.
Vegetarianos que não consomem nenhum produto animal estão em risco de desenvolverem deficiência de vitamina B12, além de ferro.
Muitas dietas da moda afirmam aumentar o bem-estar ao reduzir o peso; porém, dietas altamente restritivas são nutricionalmente insalubres: essas dietas podem resultar em deficiências de vitaminas, minerais e proteínas; em doenças que afetam o coração, rins e o metabolismo e até mesmo em algumas mortes. Pessoas em dietas muito hipocalóricas (menos de 400 calorias por dia) não conseguem manter a saúde por muito tempo.
Entre o extremo da inanição e a nutrição adequada, há vários graus de nutrição inadequada, como a desnutrição protéico-calórica, uma das principais causas de morte em crianças nos países em desenvolvimento.
Desnutrição protéico-calórica
A desnutrição protéico-calórica é causada por uma ingestão inadequada de calorias, resultando em uma deficiência de proteínas e micronutrientes (nutrientes necessários em quantidades pequenas, como vitaminas e alguns minerais). O crescimento rápido, uma infecção ou uma doença crônica pode aumentar a necessidade por nutrientes, particularmente nas crianças que já são subnutridas.
Sintomas
Há três tipos de desnutrição protéico-calórica: seca (a pessoa está magra e desidratada), molhada (a pessoa está inchada por causa de retenção de líquidos) e um tipo intermediário.
O tipo seco, chamado marasmo, é resultante da fome quase total. A criança que tem marasmo ingere muito pouca comida, freqüentemente porque a mãe não pode amamentar e é extremamente magra devido a perda de músculo e gordura corporal. Quase invariavelmente desenvolve alguma infecção.
O tipo molhado é chamado kwashiorkor, uma palavra africana que significa "primeira criança-segunda criança". Vem da observação de que a primeira criança desenvolve kwashiorkor quando a segunda criança nasce e substitui a primeira criança no peito da mãe. A primeira criança, desmamada, passa a ser alimentada com uma sopa de aveia que tem baixa qualidade nutricional comparada com o leite de mãe, assim a criança não se desenvolve. A deficiência de proteína no kwashiorkor é normalmente mais significativa que a deficiência calórica, resultando em retenção fluida (edema), doença de pele, e descoloração do cabelo. Como as crianças desenvolvem kwashiorkor depois que são desmamadas, elas são geralmente mais velhas do que as que tem marasmo.
O tipo intermediário de desnutrição protéico-calórica é chamado kwashiorkor - marasmático. Crianças com esse tipo retêm algum fluído e tem mais gordura corporal do que as que tem marasmo.
O kwashiorkor é menos comum do que o marasmo e normalmente acontece como kwashiorkor - marasmático. Tende a ser limitado a algumas partes do mundo (África rural, Caribe, Ilhas do Pacífico, e Sudeste da Ásia) onde as comidas utilizadas para desmamar os bebês - como inhame, mandioca, arroz, batata-doce e bananas verdes - são deficientes em proteína.
A deficiência de proteína prejudica o crescimento do corpo, a imunidade, a cicatrização e a produção de enzimas e hormônios. Tanto no marasmo quanto no kwashiorkor a diarréia é comum.
O desenvolvimento comportamental pode ser extremamente atrasado na criança severamente subnutrida e pode acontecer retardamento mental. Normalmente, uma criança que tem marasmo é mais severamente afetada do que uma criança mais velha que tem kwashiorkor.
Prognóstico
Até 40% das crianças que têm desnutrição protéico-calórica morrem. A morte durante os primeiros dias de tratamento normalmente é causada por um desequilíbrio eletrolítico, uma infecção, hipotermia ou parada cardíaca.
A recuperação é mais rápida no kwashiorkor do que no marasmo.
Os efeitos a longo prazo da desnutrição na infância são desconhecidos. Quando as crianças são tratadas adequadamente, o fígado e o sistema imunológico se recuperam completamente. Porém, em algumas crianças, a absorção intestinal de nutrientes permanece comprometida. O grau de prejuízo mental está relacionado a quanto tempo uma criança ficou subnutrida, quão severa foi a desnutrição e com que idade começou.
Obtido em: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?111